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Doping no ciclismo: Entenda melhor sobre isso

O doping no Ciclismo sempre foi um assunto bastante polêmico em todas as esferas do mundo do esporte.

Nesse sentido, no ciclismo não poderia ser diferente. As organizações, por exemplo, fazem um controle rigoroso de todos os procedimentos, para que o esporte possa ser justo com todos e praticado de forma saudável.

Dessa forma, vamos entender neste artigo mais sobre o mundo da dopagem e seus principais detalhes dentro do esporte, em especial do ciclismo. Confira tudo nesse artigo!

Doping no ciclismo

A princípio, o doping funciona com o uso de substâncias proibidas pelas entidades do esporte que estimulam o crescimento muscular ou melhora o rendimento e resistência física do atleta. Dessa forma, mesmo que o efeito não demore muito, ele ajudará a conseguir melhores resultados no pedal que pratica.

Por isso, o exame antidoping é sempre feito em competições para verificar se houve fraude e que possa ter mudado o resultado final. Esse exame pode ser feito antes, durante ou após a competição. Dessa forma, os campeões precisam fazer o exame antidoping para provar que não usaram substâncias ou métodos que são ilegais. Além disso, alguns exames podem ser feitos fora do período de competição e sem aviso prévio, sendo os atletas escolhidos através de sorteio.

Nesse sentido, os exames ocorrem em um certo período e durante competições esportivas, em especial o Tour de France. Dessa forma, os atletas de alto rendimento passam pelo exame antidoping para que se verifique a presença de substâncias proibidas no organismo.

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Substâncias proibidas

Assim, os elementos proibidos estão em uma lista para que todos saibam o que é irregular dentro do esporte. Algumas substâncias podem variar de esporte para esporte, mas normalmente são as mesmas.

Vamos conferir algumas:

Eritropoetina (EPO): a princípio, ajuda aumentar as células que carregam oxigênio no sangue, melhorando o desempenho;

Furosemida: assim, potente diurético que ajuda a diminuir o peso rapidamente, usado principalmente por atletas de luta com categorias de peso. Também ajuda a diluir e esconder outras substâncias proibidas na urina;

Energéticos: aumentam a atenção e a disposição, diminuindo a sensação de cansaço;

Anabolizantes: dessa forma, hormônios utilizados para aumentar a força e a massa muscular, sendo o mais comum usado a testosterona. Algumas substâncias imitam o efeito dos anabolizantes, por exemplo, como é o caso do ostarina, que imita a ação da testosterona.

Ainda mais, os atletas e equipe recebem uma lista de recomendações e medicamentos proibidos durante os treinos por conterem substâncias consideradas ilegais no esporte.

Por outro lado, os atletas com condições comuns como gripe, menstruação, colesterol alto ou problemas de pele, observem que alguns medicamentos contém uma pequena quantidade de substâncias proibidas, o que pode fazer com que o atleta perca a sua participação na competição.

Como funciona o exame antidoping

Em seguida, o exame antidoping pode ser feito por meio da coleta e análise de uma amostra de sangue ou urina, que são avaliadas como o objetivo de encontrar a presença ou ausência de substâncias proibidas. Mesmo que a quantidade de amostra possa ser maior ou menor, se identificar que a substância proibida está no organismo ou produtos de seu metabolismo, é considerado doping e o atleta acaba recebendo uma punição.

Por outro lado, também é considerado doping, de acordo com a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), a fuga ou recusa de realizar a coleta de amostra, posse de substância ou de método proibidos e fraude ou tentativa de fraude de qualquer etapa do processo de doping.

O que essas substâncias fazem no corpo do atleta?

Assim, quando pensamos no doping, analisamos uma série de fatores que contribuem para que o atleta tenha um bom desempenho. Por isso, as substâncias proibidas podem causar nos atletas:

  • Aumento da concentração e melhora da capacidade física;
  • Assim, alivia as dores dos exercícios e diminui a fadiga muscular;
  • Aumento da massa e força muscular;
  • Então, relaxa o corpo e melhora a concentração;
  • Ajuda a perder peso de forma rápida.

Assim, tomar essas substâncias faz com que o atleta tenha resultados mais rápidos e melhores do que conseguiria apenas através dos treinos e da dieta, consideradas proibidas no esporte.

Por outro lado, os atletas continuando fazendo o uso dessas substâncias, mas suspendendo seu uso de 3 a 6 meses antes da competição oficial, para burlar o sistema e o exame antidoping dar negativo. Por isso, a realização dos exames sem aviso prévio durante todo o ano.

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Outras substâncias proibidas

Veja outras substâncias que são consideradas doping e como ele auxilia o organismo:

– Anastrozol: A princípio, é usado no tratamento de câncer, que diminui o nível de estrógeno no sangue. Assim, em homens, aumenta os níveis de testosterona, modulando o metabolismo hormonal.

– Clomifeno: Assim, o clomifeno aumenta produção endógena de androgênio, ou seja, alguns atletas utilizam o clomifeno para disfarçar o uso de anabólicos androgênicos.

– Enobosarm: Remédio que atua nos receptores de androgênio, que atua na atividade muscular com ação anti-catabólica, diminuindo a degeneração muscular.

– Menfertamina: Assim, o sulfato de menfertamina é uma droga de ação inotrópica que atua como estimulante no sistema nervoso central.

– Oxandrolona: Este esteroide anabolizante é um fármaco derivado da testosterona, usado com objetivo de ganho muscular.

Eritropoetina: Ainda mais, é um hormônio que controla eritropoiese, aumentando a produção de células vermelhas no sangue, melhorando o transporte de oxigênio para os músculos.

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Casos de doping

Dessa forma, alguns casos ficaram conhecidos no meio dos esportes e do ciclismo. Vamos conhecer alguns deles:

Lance Armstrong

Assim, o caso mais conhecido de doping no ciclismo é o de Lance Armstrong. Entre os anos de 1987 e 1988, Armstrong já era considerado o triatleta número um no grupo de 19 anos ou menor. Lance Armstrong começou a ser triatleta com 16 anos e já era campeão nacional de triatlo de sprint entre 1989 e 1990.

Nesse sentido, Lance chegou a passar por um câncer em 1996, com apenas 25 anos. O fato foi noticiado por todo o mundo e por pouco Lance não sobreviveu. Assim, o ciclista se tornou um exemplo de superação e bateu vários recordes em sua carreira.

Armstrong venceu algumas edições do Tour de France e foi medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000.

Todavia, Lance tinha anunciado a aposentadoria para manter sua atenção focada na família, mas ele retorna para o pedal em 2008, aos 37 anos. Participou do Tour Down Under, na Austrália, ficando na posição de número 27. Neste momento, o ciclista começou a ser acusado de dopagem desde que superou o câncer.

Assim, em 2009 participa da edição do Tour de France, ficando na 23ª colocação. Dessa forma, anunciou que se aposentaria do esporte. Naquele momento, as acusações de que Armstrong usava substâncias ilícitas ficava cada vez mais contundente.

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Os casos de doping de Lance

Desse modo, a situação de Lance se complicou quando Floyd Landis, ex-companheiro de ciclismo, enviou alguns e-mails para executivos do ciclismo detalhando de como Lance se dopava para melhorar seu rendimento. Floyd também contou que Armstrong e outros colegas de equipe faziam o mesmo.

Lance, claro, negava todas as acusações. Em 2011, mais denúncias surgiram, mesmo após sua aposentadoria o que, nesse ínterim, levou o caso para a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA).

No ano seguinte, um relatório da USADA apontou que não havia dúvidas de que o ciclista, de fato, usou substâncias ilícitas que causavam efeito em seu desempenho. Assim, Lance não pode mais mentir e confirmou todas as acusações. O ciclista perdeu todos os seus títulos e foi banido do esporte para sempre.

Em seguida, as revelações ficaram ainda mais surpreendentes quando, em entrevista a Oprah Winfrey, em 2013, Lance conta detalhes de como foi o doping e de como venceu o Tour de France com maturidade. O ex-ciclista foi acusado de não mostrar remorso pelo ocorrido.

Além disso, foi lançado o documentário “Lance” mostrando que o câncer que o ex-ciclista desenvolveu no testículo foi causado pelo uso de substâncias ilegais que ele fez durante anos.

Caso Festina

Um caso em 1998 na França ficou conhecido como Caso Festina. Assim, a investigação conseguir desarticular uma grande rede de dopagem internacional liderada pelo médico e diretor da equipe Festina, Bruno Roussel, ao lado de Eric Rijkaert e Willy Voet. Todos foram banidos do esporte e punidos de acordo com sua participação no caso.

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Doping João Cabreira

O ex-ciclista João Cabreira foi suspenso do ciclismo depois de falsificar o controle de antidopagem entre os anos de 2009 e 2011. Ele chegou a ser campeão português de estrada em 2008 e 2011.

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Caso Contador

Outro ciclista conhecido no mundo que passou pelo doping foi Alberto Contador, no Tour de France 2010, pelo uso de clenbuterol. As sanções dadas na época foram de que o ciclista poderia ter sido contaminado por um suplemento alimentar, transfusão sanguínea ou carne contaminada. Dessa forma, a equipe de Contador do Tour de France daquele ano foi desclassificada de todo o torneio.

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Ouça também o Podcast Gregário Cycling com especialista falando sobre o Doping

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