Cerca de 71% das mulheres que fazem parte da indústria do ciclismo estão ponderando a possibilidade de deixar esse setor.

Cerca de 71% das mulheres que fazem parte da indústria do ciclismo estão ponderando a possibilidade de deixar esse setor.

Kate Veronneau, da Zwift, Cassondra Spring, da Liv, e Sasha Castling, da Ribble, compartilham suas perspectivas sinceras sobre as oportunidades para mulheres na indústria de bicicletas.

Um estudo conduzido no início deste ano delineou um cenário alarmante, embora possivelmente previsível, acerca da composição da indústria global do ciclismo. O estudo destacou que essa indústria ainda é predominantemente composta por “homens brancos e heterossexuais”.

Além disso, a pesquisa revelou que muitas mulheres, indivíduos de diferentes origens étnicas e membros da comunidade LGBTQ+ enfrentaram assédio ou comentários degradantes, em alguns casos, de maneira consistente.

Cerca de 71% das mulheres que fazem parte da indústria do ciclismo estão ponderando a possibilidade de deixar esse setor.

No sentido de promover mudanças significativas, diversas vozes influentes na indústria expressaram suas opiniões. Cassondra Spring, da Liv, enfatizou a necessidade de um “compromisso contínuo para priorizar as mulheres na indústria e em iniciativas específicas para mulheres”.

Kate Veronneau ressaltou de forma direta: “Não vou amenizar isso. Quero ver mais mulheres em posições de liderança na indústria do ciclismo”.

Sasha Roque enfatizou a importância de uma indústria diversificada e inclusiva, indicando que tal abordagem não apenas aprimora os negócios, mas também inspira novas narrativas, atrai maior participação e prepara o setor para o futuro.

Os números do estudo sublinham a urgência dessas preocupações, uma vez que 71% das mulheres entrevistadas revelaram estar considerando deixar a indústria do ciclismo.

Este índice supera notavelmente outras indústrias predominantemente masculinas, como a automobilística, onde aproximadamente 40% das mulheres ponderam uma mudança de carreira.

Em suma, instiga-se uma reflexão coletiva sobre as escolhas a serem feitas para moldar o futuro desta indústria, afastando-se das tendências passadas e promovendo uma transformação genuína e inclusiva.

Cerca de 71% das mulheres que fazem parte da indústria do ciclismo estão ponderando a possibilidade de deixar esse setor.

Será verdadeiro o dado de que 71% das mulheres que integram a indústria do ciclismo estão cogitando abandonar esse setor?

Diante do impulso crescente em torno de iniciativas específicas para mulheres, como o Tour de France Femmes avec Zwift, a criação de novas equipes exclusivamente femininas e o lançamento recente de marcas dedicadas a roupas femininas para ciclismo, a exemplo de Jelenew, é possível perceber que a indústria está empenhada em promover um maior equilíbrio no universo do ciclismo.

No entanto, resta a indagação: será que tudo isso é genuíno ou apenas uma demonstração superficial?

As medidas tomadas, como a realização do Tour de France Femmes avec Zwift, indicam um esforço notável para dar destaque às mulheres no cenário do ciclismo, proporcionando uma plataforma de visibilidade e reconhecimento.

A formação de novas equipes exclusivamente femininas não apenas amplia as oportunidades para atletas mulheres, mas também sugere uma mudança positiva na estrutura competitiva do ciclismo.

Ademais, o lançamento de marcas específicas de roupas para ciclismo feminino, como a Jelenew, sugere uma resposta direta às necessidades e preferências das mulheres nesse contexto.

Cerca de 71% das mulheres que fazem parte da indústria do ciclismo estão ponderando a possibilidade de deixar esse setor.

No entanto, persiste a questão crucial: todas essas iniciativas representam uma mudança substantiva na cultura e na dinâmica da indústria, ou são apenas respostas pontuais a uma pressão crescente por maior diversidade e inclusão?

Em última análise, o desafio está em garantir que tais esforços não se limitem a uma mera demonstração superficial de comprometimento, mas que conduzam a uma transformação real e duradoura na indústria do ciclismo, proporcionando um ambiente mais inclusivo e equitativo para todas as mulheres envolvidas.

TRANSFORMAÇÕES E PIONEIRAS NA INDÚSTRIA DO CICLISMO

Apesar das estatísticas desanimadoras destacadas no estudo mencionado anteriormente, algumas mulheres pioneiras asseguram ao Cycling Weekly que, de fato, uma transformação está em curso na indústria global do ciclismo. Contudo, é consenso que há necessidade de um esforço contínuo para impulsionar essas mudanças.

Sasha Castling, Chefe de Relações Públicas da Ribble Cycles, compartilha sua perspectiva otimista: “O cenário [na indústria] certamente está passando por mudanças…

Quando iniciei, a presença feminina era limitada, mas agora é extraordinário testemunhar um aumento significativo de mulheres rompendo barreiras em diversas áreas, desde tecnologia até editorial, digital, fotografia, engenharia e muito mais.”

Ela destaca com entusiasmo as recentes nomeações de mulheres para papéis-chave na Ribble Cycles, incluindo a primeira mecânica e a equipe do showroom.

Essa diversificação não se limita apenas às funções técnicas, pois agora há mulheres em posições de destaque, desde operações e finanças até atendimento ao cliente e conselho de administração da empresa.

Cassondra Spring, Gerente Global de Marca da Liv Cycling, concorda que a indústria está, de fato, passando por mudanças positivas. No entanto, ela destaca que o caminho à frente demanda mais esforços e comprometimento.

Essas mulheres líderes reconhecem que, embora progressos significativos tenham sido alcançados, ainda há um longo percurso a percorrer para atingir uma verdadeira igualdade de gênero e inclusão na indústria do ciclismo.

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